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A Síndrome do Pobre Coitadismo: O Drama Que Morava ao Lado

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Era uma vez uma criatura chamada Coitadito. Onde quer que estivesse — no trabalho, na fila do banco ou no grupo da família no WhatsApp — ele sempre dava um jeitinho de ser a estrela do drama.


Se chovia, era a única alma encharcada. Se fazia sol, era a única que derretia.

Se alguém dizia “bom dia”, ele respondia: “seria, se eu tivesse dormido”.

Coitadito é o retrato lúdico de uma síndrome real e bem comum: o coitadismo.


Uma espécie de lente que transforma qualquer pedra no sapato num meteoro em queda livre.


Mas o que é o coitadismo, afinal?

O coitadismo é um comportamento repetitivo de quem vive buscando compaixão e pena dos outros. É como se a pessoa vestisse um manto invisível de vítima do mundo e andasse com uma plaquinha pendurada no pescoço: “Veja como sofro. Me abrace, me ouça, me salve”.

Geralmente, quem vive nessa postura:

  • Se vitimiza com frequência: nada nunca é culpa sua, sempre do outro, do sistema, do universo.

  • Exagera os problemas: um tropeço vira fratura, uma crítica vira perseguição.

  • Dramatiza as situações: tudo é vivido como um episódio de novela mexicana.

  • Depende emocionalmente dos outros: precisa constantemente de apoio, validação e palmas.


E por que isso é um problema?

Viver no modo “coitadinho crônico” é um caminho perigoso. Isso porque:

  • Cria um ciclo de autocomiseração, em que a pessoa acredita que nunca poderá melhorar sozinha.

  • Gera dependência emocional, pois está sempre esperando que os outros resolvam suas dores.

  • Dificulta o amadurecimento e a autonomia, já que assume pouco ou nenhum protagonismo na vida.

É como tentar atravessar uma ponte de olhos vendados esperando que alguém carregue você no colo — a ponte tá ali, mas você não se move.


Todo mundo tem um pouco de Coitadito

Vamos ser sinceros? Todos nós já visitamos o bairro do Coitadismo vez ou outra.

Em dias ruins, nas frustrações amorosas, nos perrengues da vida.

O problema é quando a gente monta acampamento lá, planta bananeira e ainda convida os outros pra sentar na beira do abismo com a gente.


Como sair dessa armadilha?

  1. Reconheça os padrões: pare e reflita se você tem dramatizado mais do que a situação merece.

  2. Assuma responsabilidades: nem tudo é culpa sua, mas muita coisa está sob seu controle.

  3. Busque ajuda verdadeira: terapia, leitura, boas conversas — não para reforçar o drama, mas para desarmá-lo.

  4. Troque pena por potência: em vez de esperar colo, aprenda a se levantar com dignidade.



Final feliz? Depende de você

A síndrome do coitadismo pode ser vencida.


Não com mágica, mas com consciência e coragem. Saia do script da vítima e escreva o roteiro de protagonista. Porque, vamos combinar: drama só é bom na TV.


Na vida real, o que a gente precisa mesmo é de protagonismo, responsabilidade e um pouquinho de leveza.


Ah, e se encontrar o Coitadito por aí... dê um abraço.

Mas não deixe ele te puxar pro palco. A peça já terminou.


Paulo Jussio


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